Combate ao desmatamento em Uruará: operação já gerou prejuízo de quase R$ 2 mi aos acusados

‘Operação Curupira’ completa um mês neste sábado (25) e já realizou prisões, apreensões e embargo de áreas através de uma base fixa no município

Combate ao desmatamento em Uruará: operação já gerou prejuízo de quase R$ 2 mi aos acusados
Divulgação

“Operação Curupira” já realizou prisões, apreensões, lavrou procedimentos e embargou áreas através de uma base fixa em Uruarásudoeste do Pará, em combate aos ilícitos ambientais. A ação foi deflagrada há um mês no município, no dia 25 de fevereiro, reunindo profissionais de meio ambiente, segurança pública, defesa agropecuária e da fazenda.

Ao longo de um mês de atuação, a base já realizou 12 incursões integradas que resultaram na prisão de duas pessoas, embargo de 1.028 hectares, apreensão 96 mil m³ de madeira ilegal, 11 armas de fogo, 153 munições, quatro caminhões, cinco mil litros de combustível, oito maquinários e cinco equipamentos de escavação - destes, dois foram inutilizados e dois termos de apreensão foram lavrados. 

Logo no início da operação e após meses de investigações, um dos principais alvos da operação foi alcançado. Em um local de difícil acesso, próximo do limite entre os municípios de Uruará e Prainha, na PA-370, percebeu-se, por meio de imagens de satélites, a expansão do desmatamento desde o mês de setembro de 2022. A fim de inibir o avanço do crime ambiental foi dada a prioridade no caso, impedindo assim o crescimento do desmatamento no local e lugares próximos, e gerando prejuízo de quase R$ 2 milhões aos envolvidos. 

“Verificamos não somente áreas desmatadas, mas também, e principalmente, indícios onde o desmatamento pode começar ou será ampliado, justamente para preservar. Onde já começou a aparecer uma clareira pequena, mas que já podemos imaginar qual será o retrato final”, afirmou Victor Corrêa, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas). 

O trabalho dos agentes possibilitou que o desmatamento não avançasse, a autuação e apreensão de duas motosserras, autuação e apreensão de 5 mil litros de diesel, 1 desensiladeira, um trator e 20 rolos de arame ovalado, além da inutilização de 1 trator de esteira, uma vez que o maquinário está escondido dentro da mata, em local de difícil acesso, e um valor total de multas aplicadas pelos crimes ambientais e bens apreendidos correspondente a R$ 1.937.900,00. Ainda houve a autuação por desmatamento e embargo de 213 hectares. 

"Operação Curupira"

Para garantir a presença contínua e ações de curto, médio e longo prazo, a “Operação Curupira” inicialmente se instalou em São Félix do Xingu, na região Sudeste, com a primeira base fixa, seguida pelas unidades de Uruará e Novo Progresso. 

Mais de 150 agentes de segurança pública e demais servidores estaduais das áreas ambiental e de fiscalização, atuam a partir das três bases fixas em ações que já resultaram no embargo de áreas, apreensão de materiais, prisão de pessoas e fiscalizações terrestres e aéreas.

O novo modelo de combate ao desmatamento e a outros crimes no Pará ganhou uma nova roupagem com a instalação de bases fixas, o que impede que após a saída das equipes das áreas, o crime volte a ocorrer. Desta forma a atuação deixou de ser apenas repressiva e começou a ser preventiva. 

“Mudamos a forma de atuação, passamos da ação repressiva para a preventiva, e isso será contabilizado na diminuição dos hectares que deixaremos de desmatar, e não os que são embargados”, afirmou o coordenador de operações da Semas, Tobias Brancher acrescentando ainda que “a área de atuação da operação como um todo será beneficiada e não somente o município onde a base está instalada, pois a presença da base surte efeito cascata, atingindo os municípios próximos e não apenas nas áreas efetivamente fiscalizadas”, concluiu Victor Corrêa. 

Fonte(s): O Liberal
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